domingo, 22 de março de 2009

OBRAS DE LASAR SEGALL



DOR -1909 (LITOGRAFIA)

























HOMEM COM VIOLINO (1909)





















 

ALDEIA RUSSA -1913






















CABEÇA DE RUSSO - 1913
























LASAR SEGALL

LASAR SEGALL

Artista completo, Lasar Segall experimentou todas as formas de expressão de sua época. Pintor, desenhista, gravador e escultor, foi um mestre do Expressionismo e um dos introdutores do Modernismo no Brasil, vindo a ser um símbolo para toda uma geração.Lasar Segall nasceu em 21 de julho de 1891 em Vilna, capital da Lituânia, na época sob ocupação da Rússia. Morreu em São Paulo, Brasil, em 2 de agosto de 1957, como cidadão brasileiro, deixando um vasto acervo que focaliza não apenas a beleza mas, sobretudo, a miséria que presenciara em sua jornada pela vida. Ainda em sua terra, teve uma breve aproximação com o escultor judeu-russo Markus Matveïevitch Antokolski (21/10/1843-14/07/1902), importante mestre da escola russa, que lhe deu os primeiros ensinamentos de escultura e gravura, aconselhando-o a mudar-se a Paris, se pretendesse, mesmo, dedicar-se à arte.

Sua primeira visita ao Brasil aconteceu em 1912, para encontrar alguns irmãos que aqui residiam, e apresentou em 1914, a primeira exposição modernista em solo brasileiro. O artista já havia cursado a Academia de Desenho de Vilna, a Imperial Academia Superior de Belas Artes de Berlim e a Academia de Belas Artes de Dresden.

O BRASIL NÃO ESTAVA PREPARADO PARA ANITA

Anita Malfatti estudou na Alemanha e Estudos Unidos, onde teve a liberdade de pintar com toda força de criação , sem quaisquer limitações estéticas.Anita retorna ao Brasil em 1916 para expor sua nova concepção de arte voltada para o expressionismo, no entanto o Brasil não estava preparado para suas obras, o Brasil atravessava um momento de premência nacionalista não aceitou sua nova maneira de pintar, até mesmo porque o estilo da pintora fugia aos padrões vigentes no país.A Tela O Homem Amarelo, a operação cromática é o principal acontecimento, ato potencializado em cor sob máscara humana, levemente sóbria, quase indiferente á si mesmo.

ANITA E MARIO

Anita sempre teve ao se lado um único, fiel amigo, confidente, companheiro, defensor e sua paixão secreta. Anita lhe escreveu 77 cartas, não se sabe ao certo, quantas ficaram pelo caminho, quantas a pedido de Anita, Mario destruiu.

Entre a primeira e a ultima passaram-se uma uma vida, a verdadeira Anita só Mario conheceu nos seus momentos mais íntimos, receosos, femininos, inseguros, ousados e avessos.Mario nunca se aproximou como ela queria, mas nunca se afastou, Mario faleceu 19 anos antes que Anita, sem lhe dar uma definição.


O FAROL

TROPICAL

RETRATO DE MARIO DE ANDRADE

AUTO RETRATO

TORSO

A ESTUDANTE

A BOBA

O JAPONÊS


O HOMEM AMARELO

O HOMEM AMARELO
Características cubista e expressionista, no quadro a figura humana é o personagem principal, torna-se secundário perante a explosão de cores, pinceladas firmes, o principal acontecimento deste quadro e a operação cromática, bem diferente do naturismo que predominava no Brasil. homem amarelo, que tanto encantou Mário de Andrade, o modelo é um pobre imigrante italia no que segundo a pintora, ao entrar para posar, tinha "uma expressão tão desesperada!" No quadro, é outro que surge: um "homem de cor" a serviço da pintura e glorificado por ela. A relação de hierarquia entre os elementos se inverte, ao contrário da era clássica: o referente torna-se secundário e a operação cromática o principal acontecimento da obra. Não se representa na tela um imigrante. O homem do quadro não é propriamente um homem, ou sua caricatura, mas ato potencializado em cor sob máscara humana, levemente sóbria, quase indiferente a si mesma, e uma das figuras mais expressivas de Anita Malfatti. Se a obra desta artista não causa o mesmo impacto em suas fases posteriores, ela nos deixa, sobretudo em seu período expressionista, um legado de grande força e invenção.

PARANÓIA OU MISTIFICAÇÃO

PARANÓIA OU MISTIFICAÇÃO
(texto publicado no jornal " O estado de São Paulo" )
Autor: Monteiro Lobato
Embora se dêem como novos, como precursores de uma arte a vir, nada é mais velho do que a arte anormal ou teratológica: nasceu como a paranóia e a mistificação. De há muito que a estudam os psiquiatras em seus tratados, documentando-se nos inúmeros desenhos que ornam as paredes internas dos manicômios. A única diferença reside em que nos manicômios essa arte é sincera, produto lógico dos cérebros transtornados pelas mais estranhas psicoses; e fora deles, nas exposições públicas zabumbadas pela imprensa partidária mas não absorvidas pelo público que compra, não há sinceridade nenhuma, nem nenhuma lógica, sendo tudo mistificação pura.
(TEXTO DE MONTEIRO LOBATO (JORNAL O ESTADO DE SP)
Há duas espécies de artistas.Uma composta dos que veêm normalmente as coisas(..) A outra espécie é formada pelos que vêem anormalmente a natureza e interpretam-na à luz de teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica de escolas rebeldes, surgidas cá e lá como furúnculos da cultura excessiva.(...) Embora eles se dêem como novos, percursores de uma arte a vir, nada é mais velho do a arte anormal ou teratólogico: nasceu com a paranóia e com a mistificação(...) Essas considerações são provocadas pela exposição da senhora Malfatti onde se notam acentuadíssimas tendências para uma atitude estética forçada no sentido das estravagâncias de Picasso e companhia.

Monteiro Lobato expressou em um artigo toda a sua indignação com a obra de Anita Malfatti, de inspiração cubista. Publicado no jornal O Estado de São Paulo, o texto "Paranóia ou Mistificação?" é, até hoje, o exemplo mais nítido de resistência à pintura moderna.